quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A PRIMEIRA LEITURA DA CRIANÇA

Eduarda, com 4 anos, fazendo a sua leitura das histórias






"Especialistas garantem: ouvir histórias desde a primeira infância estimula a criatividade, facilita o aprendizado e ajuda os pequenos a compreenderem o universo ao seu redor."


Paula Desgualgo




Ivani Capelossa idealizadora do Projeto Biblioteca da Primeira infância, do Instituto Brasil Leitor, em São Paulo, afirma que "A primeira leitura que a criança faz é a leitura do rosto dos pais" e que " O tom de voz, as expressões de alegria e espanto que eles demonstram ao ler e contar causos para os pequenos são o início de um longo caminho de aprendizado".



Desde o primeiro contato com as narrativas, como cantigas de ninar ou pequenas histórias, os bebês começam a trabalhar a memória e a capacidade de organizar informções. Ainda que criança, não compreenda a história ou não prenda a atenção em todos os seus detalhes, cada vez que ouve um conto, aprende uma novidade, mesmo sendo uma história que ela já tenha ouvido, pois eles gostam de ouvir a mesma história várias vezes.


A pedagoga, Eleusa Leardini, professora de uma Universidadede São Francisco, São Paulo, afirma que quando eles percebem que as histórias têm começo, meio e fim, eles estabelecem, pela primeira vez, a idéia de temporalidade. Ela acredita que a magia da literatura para pequenos não só desperta a curiosidade como também contribui para o desenvolvimento de aspectos sociais e cognitivos na infância. É preciso estabelecer uma relação com o livro desde os seis meses, a partir do momento que ela consegue sentar sozinha, pois os bebês olham as imagens e criam suas próprias histórias.Meninos e meninas se projetam nos personagens e vivenciam sentimentos, como alegria, medo tristeza e saudade, moldando suas reações diante das eventualidades que acontecem na sua própria vida.



As narrativas proporcionam muitos benefícios para o desenvolvimento das crianças, mas além disto podem ser uma ferramenta maravilhosa para aproximar, estreitar os laços de afetividade entre quem conta e quem ouve.





"Ouvir e contar histórias é um tipo de amor muito especial"


Ana Maria Machado





Um fator muito importante é que tanto o narrador quanto o ouvinte devem estar entregues a esse momento. Segundo Alessandra Giordano, professora do curso Contar e Ouvir Histórias, do instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo," É um momento em que a criança se sente respeitada em suas necessidades".



É muito importante termos conciência que se os pequenos tomarem gosto pelo mundo do Faz de Conta desde cedo, a chance de se tornarem bons leitores só aumenta e é neste mundo fantástico que eles vão construindo as aprendizagens que servirão para lidar com situaçõe da suas próprias vidas.

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